Qua | 12.10.16
Dedicado às primeiras chuvas de Outono
Transfiguração
A chuva bate na vidraça
Transfigura-se,
E corre pelo meu rosto
Em forma de lágrimas.
O céu funde-se com os meus olhos,
E as lágrimas que agora são chuva
Caiem tristemente no chão!
E a terra sedenta de água,
É o meu coração em busca de amor.
E o sol encoberto nas nuvens,
É o meu sorriso na fachada triste do meu rosto.
O vento que agita a vegetação,
Gela-me até aos ossos
E, no entanto, todo o meu corpo ferve
Sempre que te vejo!
E a minha ânsia mistura-se na tua frieza
Como um bailado do sol e da neve!
P.S. Trata-se da última inscrição no meu caderno de poemas, não tem datas, mas julgo que deve ser de 1998 ou 1999.