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Mochila Vermelha

Dom | 15.03.20

Responsabilidade

Olá Mochileiros e Mochileiras!

Ando já há algum tempo para colocar algumas ideias "no papel", ou seja, escrever aqui no blog. Nunca pensei que o faria nas condições que vivemos nos dias de hoje.

Confesso que quando começaram a surgir as notícias deste novo vírus na China, estava longe de imaginar que se iria propagar desta forma, nem com a gravidade que assistimos, muito menos que iria tomar a decisão de ficar em casa e evitar todos os contactos sociais. Felizmente, o meu trabalho permite-me continuar a realizar a maior parte das tarefas em casa, embora  algumas atividades presenciais já marcadas tenham sido adiadas, posso continuar a trabalhar em tudo o resto, que é muito!

Epidemias e pandemias não constituem uma novidade no mundo. Vou relembrar algumas:

- Peste Negra, ocorreu durante o século XIV, tendo sido responsável por cerca de 50 milhões de mortes (ou muitas mais). A sua causa reside numa bactéria denomidada de "Yersinia pestis". Desenganem-se se pensam que é algo do passado, pois, ainda é possível apanhar esta bactéria, segundo a OMS, entre 2010 e 2015 foram relatados 3248 casos em todo o mundo;

- Gripe Espanhola, provocada por uma pandemia de influenza (H1N1) entre os anos de 1918 e 1920. A sua taxa de mortalidade estimada foi de 1 em cada 5 casos. Estima-se que matou muito mais gente do que a primeira Grande Guerra. Aliás, ela espalhou-se tão facilmente devido exatamente à grande concentração de soldados que combatiam nesse grande conflito;

- Gripe Asiática, em 1957, devido ao vírus (H2N2). O primeiro caso surgiu em Singapura, alastrou para Honk Kong e daí para os EUA. Estima-se que provocou a morte a 1,1 milhões de pessoas;

- HIV/SIDA, foi descoberto nos anos 80 do século XX e rapidamente se espalhou por todo o mundo. Já causou 65 milhões de infeções e 25 milhões de mortes mundialmente. Felizmente os avanços da medicina já permitem uma relativa qualidade de vida a quem padece da doença;

- SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome), foi identificado em 2002 na China. Seguiu-se um surto mundial que provocou cerca de 8 mil casos e 800 mortes. Trata-se de uma infeção por coronavírus;

- Gripe Suína (H1N1), ocorreu em 2009, foi detetado nos EUA, espalhando-se rapidamente por todo o mundo. Causou cerca de 274.304 hospitalizações e 12.469 mortes. Este vírus continua a circular e a causar hospitalizações e mortes;

- MERS (Middle East Respiratory Syndrome), ficou confinado à Península Arábica. Os primeiros casos foram reportados na Jornânia em 2012. Cerca de 3 a 4 doentes infetados em cada 10 morreram. No entanto, em 2015 ocorreu um surto na República da Coreia, relacionado com um viajante com origem na Península Arábica. Trata-se também de um coronavírus (MERS-CoV).

Poderia continuar a enumerar, mas acho que não vale a pena. A lição que podemos retirar da história é que vão continuar a ocorrer epidemias e pandemias e a humanidade cá estará para lutar e vencer.

Hoje em dia temos coisas a nosso favor, mas também contra. Por um lado, o nosso estilo de vida, a velocidade com que percorremos o mundo em trabalho, em lazer, por motivos de saúde, para visitar familiares e por aí fora é tão rápida que faz com que este tipo de doenças se espalhem muito mais rapidamente do que acontecia, por exemplo, na Idade Média. Por outro, a ciência e medicina estão muito mais avançadas, o que nos possibilita compreender os vírus e bactérias muito mais depressa e eficazmente.

Por agora, já sabemos o que temos que fazer. E neste momento, o melhor é não fazer nada! Apenas ficar em casa e praticar o distanciamento social. Se cada um de nós fizer a sua parte, menos espalharemos o vírus, fazendo com que o nosso sistema de saúde possa lidar adequadamente com os casos que vão surgindo.

Por isso, sejam responsáveis, façam a vossa parte e brevemente poderemos voltar a socializar e viajar!

Eu fico em casa, e tu?

287294-P6KAUW-183.jpg(Imagem de Freepik.com)

Nota, os dados foram recolhidos com recurso a várias fontes e notícias, incluindo a OMS (https://www.who.int/home) e o CDC (https://www.cdc.gov/).

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